A SABEDORIA
TERRENA E A SABEDORIA (LOUCURA) CELESTIAL
Um
estudo em 1 Coríntios por Clayton Bezzan (c_bezzan@ig.com.br)
1
Coríntios 1:17-19; 1:20-2:5; 2:6-8
17 Porque não me enviou Cristo para batizar, mas
para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que
se não anule a cruz de Cristo.
18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.
20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?
21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação.
22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;
23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;
24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
6 Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;
7 mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória;
8 sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória;
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A
sabedoria humana atrai o homem para as coisas do mundo e exalta o pregador,
enquanto que a sabedoria divina atrai para as coisas do alto e exaltam o
Senhorio de Jesus e a redenção que Ele realizou na cruz e na Sua ressurreição.
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Para
o homem carnal a sabedoria de Deus revelada na substituição que Cristo realizou
a nosso favor na cruz é loucura e fraqueza.
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Contudo
foi através da cruz que o pecado, a morte, e o poder de Satanás foram
destruídos.
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A
cruz não era somente uma terrível arma de punição e castigo, na qual havia
sofrimento físico, mas simbolizava uma substituição na qual Jesus,
identificando-se conosco, assumia a nossa morte espiritual, nossos pecados e
doenças, carregando-os em nosso lugar, e na qual ele entregava e derramava a
Sua vida a nosso favor.
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Essa
era a arma secreta de Deus contra Satanás:
o cordeiro morto no altar da cruz a nosso favor. Ali Jesus matou a
morte, o pecado, a doença, o medo, a fraqueza, tornando-se morte, pecado,
doença, fraqueza em nosso lugar.
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Essa
é a sabedoria e o poder de Deus: Com a justificação e ressurreição de Cristo,
Ele realizou em nós uma Nova Criação, vindo a habitar em nossos espíritos
regenerados: Cristo em nós esperança de glória.
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O
poder que ressuscitou Jesus ergue seus filhos agora como adoradores redimidos,
reconciliados, justificados, perdoados, revestidos de poder e de autoridade,
saqueando o inferno, despojando um inimigo derrotado e vencido, glorificando o
Pai, enchendo os celeiros do céu.
·
Por
outro lado a sabedoria humana exalta o intelecto, o conhecimento adquirido
através dos sentidos, em vez daquele adquirido pela revelação espiritual. Os gregos eram peritos nessa sabedoria,
através de sua filosofia, ciência, artes, retórica, lógica e metafísica. Os
judeus eram peritos no conhecimento intelectual baseado na letra da Lei de Deus
e em experiências vindas pelos sentidos, como sinais que eles buscavam de um
Deus sobrenatural, mas não de coração, não como revelado pelo Espírito em Jesus,
no espírito de amor.
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Eles
buscavam um Deus como no Pentateuco, vitorioso sobre as forças do mundo, um
Deus sobrenatural, que os livrasse do cativeiro de Roma. Contudo Jesus veio
livrá-los do cativeiro do pecado e da morte espiritual. Era inconcebível para
eles um Messias e rei fracassado e sofredor morrendo na cruz.
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Paulo
a despeito de sua vasta cultura secular e religiosa, e erudição bíblica, era
uma Nova Criatura, cheio do Espírito
Santo. Ele ensinava e pregava com graça, unção e muita simplicidade, em
fraqueza, temor e tremor, e na dependência a Deus, devido às limitações da
carne, tais como a incredulidade dos ouvintes e a perseguição, mas em
demonstração do poder de Deus, em sinais e maravilhas e conversões que
confirmavam a pregação da Palavra.
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Para
nós a cruz a cruz representa a renúncia total, voluntária e incondicional no
altar enquanto seguimos fielmente nos passos de Jesus, sofrendo juntamente com
Ele pela salvação de um mundo perdido.
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Devemos
pois buscar o mesmo alimento de Jesus: fazer Sua vontade, mesmo que isso
signifique morte para nosso eu. Ele se despiu de tudo, menos de Sua obediência
ao Pai e de Seu Amor para conosco.
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Por
isso na cruz, Ele se identificou conosco assimilando nossa fraqueza, pecado,
morte, separação de Deus, sem contudo se unir e se entregar à natureza
pecaminosa (rebelião) que era nossa, embora a tenha carregado sobre Si. Ao
invés isso Ele nos transmitiu a Sua natureza, gerando-nos de novo.